Redação InJQ

25 de jun de 20181 min

Chip da beleza – Vale tudo pela estética?

Atualizado: 15 de set de 2021

Você já imaginou usar uma medicação que gerasse perda de peso, tônus muscular, melhora do desejo sexual, redução de medidas corporais e aumento da disposição? Se pensou em como conseguir este milagre, e está disposto a desembolsar em torno de três mil reais, saiba que “toda magia tem seu preço”. O “chip da beleza” é um conjunto de hormônios concentrado em um tubinho de silicone do tamanho de um fósforo, implantado nos braços, região abdominal ou nádegas.

Dentre os hormônios comumente usados, estão testosterona, melatonina, cortisol, hormônio do crescimento (GH), estrogênio e progesterona. Os hormônios agem em diversas funções do nosso organismo, como fome/saciedade, crescimento e fertilidade. Então, imagine que ao colocarmos substâncias externas, provavelmente, nossa própria produção será alterada.

Surgem assim os efeitos colaterais, os quais muitas vezes são escondidos por quem prescreve esta medicação: aumento de pêlos, “engrossamento” da voz, riscos de infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico (AVC – “derrame”) e câncer (mama, próstata, fígado).

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) contra-indica este tipo de tratamento, alegando que não existem benefícios comprovados e que há muitos riscos. A reposição hormonal só deve ser feita em quem apresenta deficiência de hormônios, sob supervisão de um endocrinologista e sem a finalidade estética.

Quando falamos de saúde, sempre devemos desconfiar de termos como: “A última novidade”, “Moda entre as celebridades”, “Melhorar sua performance” e “O segredo para a resolução dos seus problemas”. Seu corpo é seu bem mais precioso, portanto trate bem dele!

Dr. Davi Francisco Machado

Médico Endocrinologista – CRM 19947 – RQE 15781

davi.fmachado@hotmail.com