Dr.ª Kelen Cancellier Cechinel Recco
Você já pensou se está cuidando da sua saúde mental?

Nas últimas semanas um post que se tratava de uma funcionária de uma empresa norte-americana, que enviou um e-mail para sua equipe de trabalho informando que estaria se afastando de suas funções por alguns dias para cuidar de sua saúde mental, “viralizou” nas redes sociais. O seu chefe, em resposta ao e-mail, prontamente a parabenizou por ter tomado essa decisão e desejar cuidar de um bem tão precioso. A funcionária, então, postou a resposta do e-mail para seus amigos e a postagem foi compartilhada milhares de vezes e recebeu centenas de comentários.
Mas, frente a esse caso, qual o motivo de a notícia ter se disseminado mundialmente e ter causado tanta discussão por onde passou? Qual a justificativa de tantos debates por anunciar a necessidade de cuidado à própria saúde mental?
Talvez pela forma simples e natural em que a funcionária conduziu o tema, o que possivelmente causaria estranheza para a maioria das pessoas, pois falar sobre o tratamento de depressão, ansiedade ou qualquer outro transtorno mental e até mesmo sobre a busca de tratamento com um profissional, é um tabu na sociedade atual. O que chamou atenção também, foi a delicadeza e solidariedade que o seu chefe tratou o comunicado, fato que normalmente, seria encharcado de manifestações preconceituosas e talvez rechaço por parte de chefia e colegas em ambiente de trabalho.
Por isso, a preocupação com a saúde mental deve estar intimamente ligada com o cuidado de saúde em geral. Do mesmo jeito que se adota práticas de hábitos saudáveis, cuidados alimentares equilibrados e atividade física regular, deve-se garantir hábitos que proporcionem bem estar psíquico e emocional. Cultivar amizades, manter um bom relacionamento familiar, buscar atividades prazerosas e de relaxamento, garantir uma boa noite de sono, procurar satisfação pessoal e profissional são alguns exemplos dessas práticas.
Além disso, tratar a pessoa que sofre com algum transtorno mental com respeito e sem pré-conceitos, faz parte dos ensinamentos que essa estória proporciona.
Dra. Kelen Cancellier Cechinel Recco
CRM-SC 13394
Psiquiatria – RQE 10277
kelen.recco@injq.com.br