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  • Foto do escritorDr.ª Kelen Cancellier Cechinel Recco

Os sinais de alerta para o comportamento suicida


Assim como o Outubro Rosa se consagrou como o mês de atenção ao câncer de mama, o Setembro Amarelo está ganhando forças e cada vez mais adeptos ao sinal de alerta: é preciso agir para prevenção das mortes por suicídio! Diversos fatores podem dificultar a detecção precoce e a prevenção do suicídio, e entre eles, o estigma da sociedade e o tabu relacionado ao assunto figuram entre os aspectos mais importantes. A falta de conhecimento e de atenção sobre o tema por parte da família, da sociedade e dos profissionais de saúde condiciona barreiras para a prevenção.

A pessoa que pensa em suicídio, na grande maioria das vezes sofre de um transtorno mental como depressão severa, transtorno bipolar ou dependência química e normalmente está em uma ambivalência entre o querer viver e o não querer mais estar vivo, e estando nessa situação, pode dar sinais de que precisa e quer ajuda.

Vários comportamentos de alerta tem sido propostos e merecem toda nossa atenção. Todos precisamos reconhecer e estar atentos ao nosso redor quando familiares ou amigos repetem frases como "a vida não vale a pena", "eu só dou trabalho para os outros", “sou um peso e um fardo para minha família”, "seria melhor estar morto". Esse é um dos principais momentos de propor e buscar ajuda. Também precisamos nos atentar quando a pessoa começa a ter um interesse repentino e inexplicado pelo assunto morte, como falar repetidamente sobre ela, ler, escrever, buscar páginas com esse conteúdo na internet e em grupos de redes sociais. Outra situação importante é observar se ela escreveu ou tem intenção de escrever um testamento sem real motivo, deixar cartas, comprar arma ou outro método letal sem motivação aparente. Além de todos esses sinais, mudanças de comportamento são muito frequentes e devem ser avaliadas como isolamento de familiares e amigos, ter sentimentos de desesperança e descrença no futuro e hábitos autodestrutivos como abuso de álcool e drogas. Por mais difícil que seja enfrentar a questão, estudiosos do assunto têm convicção de que o estigma é um dos principais obstáculos à prevenção do suicídio. Reconhecer os SINAIS DE ALERTA, garantir acesso aos serviços de saúde, capacitar os profissionais para o acompanhamento e ter disponibilidade para falar sobre o tema são passos fundamentais para interromper o ciclo de autodestruição.

Você pode encontrar ajuda na rede pública nos Postos de Saúde, Serviços de Urgência, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e no Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo fone 144. Ou procurar ajuda na rede particular com profissional especializado.

Dra. Kelen Cancellier Cechinel Recco

CRM/SC 13394 Especialista em Psiquiatria – RQE 10227

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