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  • Foto do escritorRedação InJQ

Tiques na Infância

Os tiques motores são movimentos involuntários, rápidos, repetitivos e sem propósito, geralmente precedidos por uma sensação de urgência, desconforto na região afetada incluem movimentos tais como: piscar repetitivo, torcer nariz, elevar ombros, estender/torcer pescoço, entre outros. Já os tiques vocais manifestam-se como: fungar, pigarrear, emitir sons ou palavras sem ou com significado.

Os tiques iniciam-se mais frequentemente na infância ou adolescência (8-12 anos) podendo ser transitórios ou persistir na idade adulta quando tendem a estabilizar. No entanto, a grande maioria dos tiques são benignos e transitórios.

Os tiques motores podem afetar qualquer segmento corporal, mas seguem geralmente um sentido cabeça- tronco e membros. Sua apresentação pode variar entre estes seguimentos.

Assim como afetar vários agrupamentos musculares ao mesmo tempo. Quanto aos tiques vocais podemos observar variação na sua apresentação podendo ou não estar acompanhados dos tiques motores.

É possível que pessoas geneticamente predispostas sejam afetadas, no entanto eventos estressantes, uso de medicamentos ou drogas e agentes infecciosos também possam estar envolvidos como causadores dos tiques.

Por serem movimentos involuntários e não manias, os tiques muitas vezes são imperceptíveis a pessoa que os realiza, mas aos que convivem com ela, não. Sua intensidade pode variar em determinadas situações, especialmente nas situações de ansiedade. Há uma diminuição durante o sono e ao realizar tarefas que exijam concentração.

Os tiques, ao contrário do que muitos pensam, não conseguem ser totalmente suprimidos pela pessoa afetada. Essa tentativa pode gerar um alto grau de tensão emocional e posterior necessidade e possibilidade de compensação irresistível e exacerbação. Portanto, não é o caminho brigar ou pedir para que o pare de fazer.

O prejuízo envolvido é o grande determinante do tratamento medicamentoso, pois muitas vezes os pacientes apresentam prejuízos motores e funcionais, adotam reações evitativas, agressivas, ansiosas ou deprimidas. Os tiques têm tratamento e não são considerados manias pela psiquiatria.

Dra. Roberta Rovere Parker Nicolau CRM/SC 15145 Especialista em Psiquiatria – RQE 10939

Especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência – RQE 14080

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