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  • Foto do escritorRedação InJQ

Pesquisa utiliza minicérebros para entender o autismo


Recentemente foram divulgadas notícias surpreendentes a respeito de um estudo que busca entender melhor o Transtorno do Espectro Autista (TEA), utilizando minicérebros cultivados a partir de células dentárias de pacientes portadores dessa condição. O projeto é liderado pelo neurocientista brasileiro Alysson Muotri na Universidade La Jolla, em San Diego, localizada no sul da Califórnia (EUA).

Mas, afinal, o que seriam esses minicérebros? Em linguagem científica, minicérebros são estruturas tridimensionais originadas a partir de células-tronco (células que podem se transformar em qualquer tipo de tecido) ou células progenitoras (que já iniciaram o processo de diferenciação). Tal material se assemelha enormemente ao tecido original do cérebro, objeto da pesquisa.

O uso de organoides na medicina não é novo, mas a abordagem de Alysson Muotri é muito interessante por escolher as células provenientes de dentes de leite como fonte, uma técnica vantajosa por não ser invasiva e pelo fato de as células dentárias virem da mesma camada embrionária que as células dos neurônios.

Depois de serem recolhidas dos dentes, as células serão reprogramadas para se transformarem em cérebro, sendo que este processo poderá levar alguns meses: no primeiro mês o material começa a se desenvolver e entre 4 e 8 meses fica “maduro”.

O objetivo final da investigação será a possibilidade de novas terapias para casos específicos de autismo e também conhecer a base biológica do TEA, isto é, o que a célula do cérebro autista tem de diferente. Além disso, os pesquisadores também poderão investigar as características do cérebro de pessoas com TEA, ver como estão organizados os neurônios e a forma como se comunicam.

Os resultados obtidos com a pesquisa possivelmente serão comparados com o funcionamento cerebral de pessoas saudáveis. Assim, os pesquisadores esperam individualizar ainda mais a medicina, já que os testes de novas terapias nos próprios minicérebros reverteram o transtorno em laboratório. Agora o grande desafio é colocar os medicamentos para funcionar no cérebro autista de uma pessoa.

Vamos acompanhar de perto o desenvolvimento deste estudo!

Dr. Jaime Lin

CRM/SC 11401

Especialista em Pediatria – RQE 8287

Especialista em Neurologia Pediátrica – RQE 8330

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