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  • Foto do escritorRedação InJQ

Você já tomou suas pílulas?


A busca pelo melhor desempenho possível dentro das atividades de cada indivíduo tem sido altamente explorado e debatido. Como podemos lidar com todas as exigências da atualidade?

A rotina de grande parte da população ativa envolve inúmeras demandas: responder aos e-mail e mídias sociais, focar no trabalho, estudar, fazer atividade física, arrumar a casa, enfim, uma longa lista de afazeres. Com intuito de cumprir todas essas atividades, com a mais alta perfomance, existe uma busca por métodos que proporcionem o aumento da concentração para a melhora de desempenho.

Abordando essa realidade, entre outras questões, o interessante documentário “Take your Pills” (“Tome suas Pílulas”), exibido pela Netflix, traz para discussão a crescente busca de medicações psicoestimulantes como recurso para lidar com essas questões. Tomando os Estados Unidos como cenário, traz depoimentos de diferentes profissionais que contam suas experiências com o uso desses remédios, muitas vezes obtidos no mercado negro.

Diversas situações são expostas: estudantes, atletas e empresários que se vêem inseridos em ambientes de alta competitividade, onde o uso abusivo é a regra para lidar com as exigências; jovens com o diagnóstico específico de Déficit de Atenção e benefícios com o tratamento medicamentoso, e indivíduos estigmatizados pelo uso.

Esses remédios tem uso estabelecido em doenças como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Narcolepsia e mais restritamente para Obesidade. Sua indicação é feita mediante criteriosa avaliação clínica e deve ser acompanhada pelo médico para monitorização dos efeitos adversos.

O tratamento especificamente do TDAH, doença que pode trazer significativos prejuízos, envolve também abordagens comportamentais e não são todos indivíduos que tem recomendação para o uso de fármacos. Quando indicado é frequente a associação às situações de uso abusivo e o temor da dependência farmacológica. É necessário esclarecer que essa situação envolve uso imoderado, necessidade de quantidades cada vezes maiores e é feita com objetivo diferente do tratamento sintomático do transtorno.

A questão central aqui parece ser que as frustrações geradas pelas grandes exigências do dia-a-dia são cada vez menos toleradas e levaram a busca de meios para anestesia dessas dificuldades, com exposição a danosos riscos. Nesses casos, não tome suas pílulas.

Dra. Morgana Sonza Abitante

CRM/SC 15677

Especialista em Psiquiatria – RQE 15000

Especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência – RQE 15066

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