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Abuso e Dependência dos Opioides e Opiáceos


Os opioides constituem as drogas de escolha para o tratamento da dor aguda pós-operatória e, também, para indivíduos com grandes queimaduras ou politraumatizados e em dores crônicas. O uso de opioides na Psiquiatria é bem restrito: é indicado no tratamento de dependentes de opioides, tanto na desintoxicação como na terapia de manutenção. Na desintoxicação, a retirada dos opioides pode ser feita por meio da redução gradativa na dosagem da medicação usada ou pela troca por um opioide de longa ação. Na terapia de manutenção, é feita a substituição da heroína por metadona, um opioide de longa ação, que é usado por um período maior ou por muitos anos. O uso de opioide conforme a escala analgésica da OMS tem boa eficácia no tratamento da dor crônica oncológica e não oncológica.

Os americanos são os maiores usuários mundiais de opiáceos, consomem 80% do suplemento global. Nos EUA, o uso de heroína é estimado por 1,2 milhões de usuários (0,6 % da população entre 15 e 64 anos).

No Brasil a incidência de uso de heroína é de 0,09% e de xaropes de codeína, 1,9%. O Brasil é o maior consumidor de analgésicos opioides da América do Sul. O risco de uso e dependência de outros opioides está limitado a pessoas que desenvolveram dependência no curso de um tratamento médico e aos profissionais da saúde que têm acesso a opioides, principalmente morfina. Estima-se, no Brasil, que entre os médicos a taxa de uso nocivo é de 4% e dependência de opioides, 22,7%.

O uso de opioides pode desencadear transtornos psiquiátricos e ser um dos fatores de aumento da prevalência de comorbidades. Os transtornos psiquiátricos elevam o risco de uso, de dependência e as taxas de recaída, pois existe uma associação de potencialização mútua.

Dr.Fernando Vieira da Rocha

CRM 16057

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