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  • Foto do escritorDr.ª Ritele Hernandez da Silva

Transtorno Depressivo Resistente: a busca por alternativas


O Transtorno Depressivo Resistente ao tratamento tem se configurado um desafio aos clínicos e profissionais que atuam com saúde mental. Uma série de fatores demonstra associação com a fisiopatologia da depressão, além disso, várias alterações são encontradas em pacientes depressivos, muito além de uma diminuição de neurotransmissores, sendo identificadas alterações inflamatórias, hormonais e genéticas, que impõem cuidados por parte dos prescritores.

O envolvimento do sistema glutamatérgico foi evidenciado com o uso de cetamina, um anestésico, que quando utilizado em baixas doses apresenta efeito antidepressivo robusto, porém não sustentado por longo tempo. Os estudos, que já ultrapassam uma década de seu inicio, atualmente buscam encontrar uma administração mais confortável aos pacientes. A Infusão intravenosa tem demonstrado sua eficácia, porém eventualmente podem ocorrer efeitos colaterais, ainda que discretos, como elevação da pressão e frequência cardíaca, bem como alguns sintomas dissociativos.

Recentemente, pesquisadores avaliaram a viabilidade, eficácia e segurança das vias intravenosa, intramuscular e subcutânea no tratamento da depressão com cetamina (comparado com midazolam) em pacientes com depressão resistentes ao tratamento (Loo et al. 2016). Todas as três vias de administração resultaram em efeitos antidepressivos comparáveis, embora a via subcutânea tenha tido o menor número de efeitos adversos. Embora seja importante enfatizar o pequeno tamanho da amostra deste estudo, esses resultados fornecem evidências preliminares para vias alternativas de dosagem que não sejam métodos intravenosos e o uso de doses menores que o padrão de 0,5 mg kg- 1 para o tratamento da depressão.

Os estudos tem buscado entender o mecanismo de ação da medicação, bem como identificar novas medicações semelhantes e com uma diminuição dos efeitos colaterais. Somando ao arsenal já disponível ao tratamento do transtorno depressivo.

Fonte: https://www.nature.com/articles/tp201733

Ritele Hernandez da Silva

Psiquiatra

CRM: 11444 RQE: 11334

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