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  • Foto do escritorDr.ª Ritele Hernandez da Silva

Os antidepressivos as e recentes descobertas


Os antidepressivos tem um papel muito claro no tratamento do Transtorno Depressivo Maior (TDM). Porém não apresentam uma longa história, quando comparados a outras medicações. Na década de 60, a imipramina, um antidepressivo da classe dos tricíclicos foi identificado como um fármaco que apresentava resposta nos sintomas depressivos. Na mesma época surgiram outras medicações como os Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO), representados pela tranilcipromina, classificados como inibidores não seletivos e irreversíveis. Porém impõem restrições e cuidados alimentares, o que de certa forma pode limitar seu uso e reservá-los, ainda hoje, para situações de resistência ao tratamento. Mais tarde, na década de 70, a fluoxetina - exemplo de inibidor seletivo da recaptação de serotonina – foi descoberta, porém sua comercialização iniciou apenas nos anos 80.

Desde então vários fármacos têm surgido no mercado, com ações semelhantes. Utilizando as monoaminas (serotonina, noradrenalina e dopamina) como alvo, de forma geral aumentando sua disponibilidade na fenda sináptica. Dependendo da medicação atuando sobre uma ou duas delas. Porém, mesmo com todo avanço alcançado nas últimas décadas, em torno de 30% dos indivíduos que apresentam sintomas depressivos parecem não responder aos tratamentos disponíveis. E essa questão tem motivado várias pesquisas em busca de novos alvos terapêuticos, como a ação glutamatérgica. O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central, e quando em excesso pode desempenhar um papel negativo, colaborando para piora dos sintomas depressivos.

Dessa forma, medicações que diminuiriam sua resposta têm sido utilizadas e vem apresentando respostas interessantes no Transtorno Depressivo Resistente ao Tratamento, como é o caso da cetamina, um anestésico que tem demonstrado resposta antidepressiva rápida, mas não duradoura. Sendo alvo de estudos e indicando um novo rumo no tratamento do TDM.

O fato é que há muito por se descobrir na fisiopatologia do TDM e essas descobertas são o caminho para uma melhora na qualidade de vida dos indivíduos acometidos.

Dra. Ritele Hernandez da Silva Psiquiatra CREMESC: 11444 RQE:11334

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