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  • Foto do escritorRedação InJQ

Vacinação e autismo: você ficará impressionado ao ler a respeito dos novos estudos!


Na semana em que se iniciou a campanha nacional de vacinação contra a gripe na rede pública de saúde - período de 23 de abril ao diade junho - e que terá como público alvo, dentre outros, crianças entre 6 meses a menores de 5 anos, os debates a respeito da imunização reacendem: afinal, vacinas podem causar autismo?

Um estudo publicado na revista científica The Lancet, em 1998, causou um debate que perdura até hoje. O médico Andrew Wakefield afirmou que a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) causava autismo e desde então, muitas doenças que eram consideradas erradicadas em muitos países estão ressurgindo.

Em 2010, o Conselho Médico Geral britânico cassou o registro de médico de Wakefield por acusações de fraude em sua pesquisa e a revista The Lancet se retratou além de retirar o artigo de seus arquivos.

Ao longo destes vinte anos, desde a polêmica publicação, 17 grandes estudos demonstraram que a vacina tríplice viral não causa autismo. Dentre eles, um estudo que avaliou quase um milhão e meio de crianças! Um número de pessoas pesquisadas impressionante e que dá muita credibilidade ao estudo.

Também nos anos 90, nasceu a questão de que o timerosal (conservante contendo mercúrio em vacinas) poderia causar o transtorno. Esse argumento também foi refutado por sete grandes estudos posteriores, que demonstraram que o nível de mercúrio contido nas vacinas não aumenta o risco de atrasos no desenvolvimento neurológico, incluindo o autismo.

Mais recentemente, surgiu o argumento de que as crianças estavam recebendo muitas vacinas em idades muito precoces. Essa hipótese também foi desmistificada em dois estudos posteriores que comprovaram que as vacinas, mesmo que administradas no início da vida, não causam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Muitas podem ser as causas de tantos questionamentos a respeito das imunizações. Uma delas é que ainda não há uma causa clara ou as causas para o TEA e isso permite que as mais diversas possibilidades sejam aventadas.

A grande preocupação do movimento antivacinas é que já existem, nos Estados Unidos, surtos de sarampo, caxumba e coqueluche, que costumam estar mais associados a países pobres da Ásia e da África, onde não há acesso a serviços de saúde. Na Grã-Bretanha, há comunidades inteiras em que a cobertura vacinal está abaixo de 50%, sendo que, para especialistas qualquer índice abaixo de 90% de imunização já é considerado perigoso.

Ainda mais aterrorizante, em recente estudo publicado na conceituada revista JAMA pediatrics, pesquisadores compararam 3.729 crianças com autismo às 592.907 crianças sem o transtorno, descobrindo que as crianças com autismo estão sendo menos vacinadas e irmãos mais novos de portadores do espectro autista também.

Assim, queremos alertar os leitores de que nenhuma vacina está relacionada ao Transtorno do Espectro Autista. Deixar de vacinas as crianças com TEA só as colocará em risco de doenças infecciosas e de forma alguma diminuirá os sintomas do transtorno. Da mesma forma, os irmãos dessas crianças que não estão sendo vacinados não terão o risco de autismo diminuído, apenas os deixam vulneráveis a adquirirem doenças evitáveis pela vacinação. Todas as crianças que deixam de receber qualquer vacina estão sendo prejudicadas, com consequências potencialmente trágicas.

Portanto, é muito importante que as crianças sejam vacinadas de acordo com o calendário vacinal e, acima de tudo, é fundamental que os pais tirem suas dúvidas com um especialista, a fim de evitarem informações irresponsáveis e oportunistas.

Dr. Jaime Lin

CRM/SC 11401

Especialista em Pediatria – RQE 8287

Especialista em Neurologia Pediátrica – RQE 8330

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