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  • Foto do escritorDr. José Aires Maggi Coelho

Síndromes demenciais reversíveis e doença de Alzheimer no idoso.


Os sintomas como perdas de memória e dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia fazem com que os pacientes e familiares pensem: Estou com Alzheimer?

Déficits de memória e dificuldade na realização de tarefas, que no indivíduo idoso, cursa com sintomas muito semelhantes a doença de Alzheimer (DA), podem estar associados a outros tipos de demência ou a outras doenças clínicas.

Alguns estudos relatam, após pesquisas envolvendo testes com pacientes que apresentavam déficit cognitivo leve e demência, que cerca de 30% dos pacientes com demência, não possuíam no cérebro as placas formadas pela proteína beta-amilóide, uma das lesões característica da doença de Alzheimer e que, portanto, não tinham a doença.

Sabemos que nos últimos anos o conhecimento sobre a doença de Alzheimer tem avançado e que existem muitas pesquisas a respeito. Antigamente, quando ainda não se sabia muito sobre o assunto, a doença era considerada rara, diferente de hoje, que se tornou muito comum, passando a impressão de que todo tipo de demência é doença de Alzheimer.

Estudos mostram que a doença de Alzheimer inicia muitos anos antes da fase de demência, onde temos uma etapa sem nenhum sintoma e outra com comprometimento cognitivo leve.

É importante uma avaliação que deve começar com entrevistas com o próprio paciente e sua família, aplicação de testes de memória, entre outros.

A partir daí, sabendo que se trata de um caso de demência, passa-se a investigar com exames laboratoriais e de neuroimagem, se existem doenças associadas aos sintomas cognitivos, e que possam ser reversíveis. Entre elas, temos, por exemplo a depressão, traumatismos cranianos, doenças da tireoide, reumáticas e renais, infecções, deficiência de vitamina b12 e ácido fólico, uso de medicamentos.

Em média, 5% dos pacientes que apresentam algum tipo de demência, são tratáveis. O transtorno neurocognitivo da doença de Alzheimer tem diagnóstico “ possível ou provável”. O diagnóstico de comprometimento cognitivo leve é um procedimento relevante, tendo em vista que os pacientes com essa condição apresentam mais risco de desenvolver um transtorno cognitivo maior.

O déficit cognitivo pode representar um quadro transitório, em que o paciente retorna ao normal, uma alteração que pode se manter estável, ou converter para demência, por isso a importância de uma avaliação criteriosa desses pacientes, principalmente nos idosos.

Dr. José Aires Maggi Coelho

Médico – CRM/SC 12189

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