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  • Foto do escritorDr. Gustavo Feier

Estimulação Cerebral Profunda (ECP) para tratar o Parkinson

A Doença de Parkinson (DP) afeta o movimento do corpo ao interferir no sistema nervoso central e, por isso, a Estimulação Cerebral Profunda (ECP) pode ser mais uma esperança no tratamento.



O que é Parkinson?


A Doença de Parkinson é um transtorno neurodegenerativo progressivo que acomete principalmente células produtoras de dopamina, principal neurotransmissor responsável pela modulação do movimento no circuito extrapiramidal.


O tratamento principal é com o precursor de dopamina, a Levodopa (L-Dopa). Contudo, em alguns casos, após cinco a dez anos do uso da medicação, a neurodegeneração limita a captação fisiológica e a liberação do neurotransmissor, prejudicando a resposta e causando complicações motoras. Outros têm sintomas motores refratários ao tratamento, não obtendo benefício medicamentoso desde o início.


ECP indicada em casos graves


Quando esses quadros de DP afetam drasticamente a qualidade de vida do paciente, a Estimulação Cerebral Profunda (ECP) é indicada.


A avaliação é feita pelo neurologista e neurocirurgião, que buscam indicativos do grau da doença e se há possíveis contraindicações para o procedimento, auxiliados pela imagem de uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada.


Em um ensaio piloto que avaliou os resultados da ECP após cinco anos em pacientes com DP em estágio inicial, mostrou que aqueles que receberam a terapia invasiva bilateral precoce, em comparação aos que receberam terapia padrão para DP, tinham menor necessidade de aumento das doses de Levodopa, de polifarmácia, além de obterem benefícios de longo prazo para sintomas motores, tendo menor chance de ocorrer tremores de repouso.


Em um estudo Intrepid, multicêntrico, duplo-cego e randomizado, 121 portadores de DP receberam ECP. Houve aumento do tempo de resposta, melhorando a qualidade de vida e os sintomas motores, principalmente os tremores involuntários (discinesias) por mais tempo.


Efeitos colaterais


Além de possíveis complicações advindas da cirurgia e do gerador, podem aparecer de forma leve e temporária as tonturas, contraturas faciais, formigamento, fraqueza muscular para fala, dificuldade muscular de abertura das pálpebras, movimentos involuntários, desequilíbrio da marcha e outros problemas de movimentação, o que é resolvido reajustando o dispositivo.


Para saber mais sobre a ECP, converse com um(a) especialista.


Gustavo Feier

Médico Psiquiatra

CRM-SC 14.317 | RQE 18.994

Colaboração: Maria Eduarda Mendes Botelho

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